Vida Religiosa… Na Prática, é Outra História
Você já encontrou uma sanfona na Bíblia? A vida espiritual do povo de Israel parecia uma sanfona: vai e volta. Como gráficos de eletro encefalograma, onde o ponteiro vai para cima e baixo sempre, mas nunca consegue desenhar uma reta horizontal constante. Parece que a amizade daqueles israelitas com Deus era desse jeito. Não que fosse assim, da parte de Deus. Ele estava sempre querendo ser amigo daquelas pessoas, mas elas não tinham firmeza no trato. Não sabiam o que queriam. Ora buscavam a Deus, ora se transformavam nos piores idólatras. A aproximação daquelas pessoas para perto de Deus parecia um efeito sanfona (Jeremias 10-13). Como deve ser minha vida religiosa, na prática?
Tem gente que hoje dá um testemunho bonito, amanhã se apostada, depois de amanhã volta para Deus, depois vai pro mundão de novo, daí volta pra Jesus novamente, depois se corrompe mais uma vez, e não consegue se firmar. Sabe que é isso? Um dos principais fatores é a questão da disciplina. Isso é, também, falta de: disciplina. Assim como um aluno precisa ser bem disciplinado para ir bem em seus estudos, assim é também na vida espiritual.
Eu aprendi isso no livro que acabei de ler: “Celebração da Disciplina”, de Richard Foster, Editora Vida. Ele é Fantástico! É uma obra que mostra-nos, de maneira bem bíblica, o caminho do crescimento espiritual. Muito bom.
Embora não sejamos salvos pelas obras, Deus não nos empurra para o Céu de qualquer jeito, contra a nossa vontade, com uma graça barata, de jeito nenhum. Em primeiro lugar, a graça não é barata porque custou o sangue precioso de Jesus. Então, um cristão que é salvo pela graça, para se manter no caminho do crescimento espiritual, vai ser alguém que leva o relacionamento com Deus com seriedade, ou seja, disciplinadamente.
Primeiro preciso aprender sobre as disciplinas interiores. Porque a transformação que a conversão faz tem que acontecer de dentro para fora. Logo, você precisa se disciplinar através da prática da meditação, através da prática da oração, do jejum, e também do hábito de estudar a Bíblia. Se fizer isso, essa transformação interior, terminará manifestando-se no seu comportamento.
É aí que vêm as disciplinas exteriores. É conseguir ser alguém que vive a simplicidade e a solitude. E, também, ser alguém que sabe viver a submissão e que não faz serviços de servo porque, na realidade, é um servo. E isso se fortalece quando a gente põe as disciplinas em prática, no relacionamento com as outras pessoas.
As Disciplinas Comunitárias podem ser verificadas quando você sabe perdoar e ser perdoado, reúne-se com outros para adorar a Deus e consegue dar e receber conselhos espirituais.
Precisamos ser disciplinados na nossa prática religiosa.
Valdeci Jr.
Fonte: Advir.com
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