Ouro no cofre
Amo os Teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado. Salmo 119:127
Certa vez, um grupo de índios apaches capturou um cofre do exército americano. O cofre pesava 200 quilos e tinha um segredo – uma combinação de números na fechadura.
Os índios haviam observado o cofre sendo transportado de um posto do exército a outro, e tinham certeza de que havia ouro dentro dele. Mas como abri-lo?
Primeiramente golpearam a fechadura com pedras, esperando que de tanto bater, ela se abrisse. Como isso não adiantou, eles atacaram a porta de aço com suas machadinhas. Depois de destruírem as machadinhas nessa tentativa, eles decidiram testar o cofre no fogo. Acenderam uma fogueira e assaram o cofre durante horas a fio. Mas não conseguiram obter o que queriam, pois o cofre apenas esquentou, mas não se abriu.
Daí os índios arrastaram o cofre pela encosta de uma montanha, e lá de cima o empurraram por um penhasco, esperando que, ao cair pesadamente sobre as rochas lá embaixo, ele se abrisse como uma melancia. Nada. Só as rodinhas do cofre se quebraram e caíram. A seguir, eles apelaram para a tecnologia do homem branco, tentando explodi-lo com pólvora. Mas o cofre resistiu.
Então resolveram deixá-lo de molho dentro do rio, para ver se ele amolecia. Mas uma semana depois, o cofre continuava duro como sempre.
Quando a paz voltou a reinar na região, um ou dois anos mais tarde, o governo enviou uma tropa armada para resgatar o cofre. E eles o encontraram no fundo de um riacho, com o topo para fora dágua, e rodeado de pedaços de troncos. Foi trazido de volta para o forte, e ao ser aberto, ali estavam intactos, 7.000 dólares em moedas de ouro. No século 19 isto era muito dinheiro.
O verdadeiro caráter cristão se assemelha a esse cofre indestrutível. Você pode jogar um indivíduo de caráter como Daniel, numa cova de leões, ou numa prisão, como Paulo, Silas ou José, e eles sairão de lá com o seu tesouro intacto.
José tinha apenas 17 anos e era um moço cheio de energia e sonhos, quando seus irmãos o venderam como escravo para o Egito. No caminho, passaram perto das tendas de seu pai. José tinha tudo para se desesperar. Mas “sua alma fremiu ante a elevada resolução de mostrar-se fiel a Deus” (Patriarcas e Profetas, p. 214).
Tal e qual esse velho cofre, o caráter de José resistiu a todas as provas. E Deus o recompensou, alçando-o da prisão para o palácio de Faraó.
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