Anuciando Esperança Que em Breve Jesus Voltará

Seria errado ser injusto?



Publicado em 11. abr, 2009 por Advir em Artigos


Imagine a cena. Com um caminhar trôpego e arrastante pela poeirenta estrada, aquele coitado se lança légua após légua. Ele está vestido em roupas esfarrapadas, cujas cores dão lugar à estampa da sujeira. Seus cabelos e barbas amarelados e ressecados resistem ao próprio vento. Como grossas lixas, suas mãos seguram uma velha trouxinha. Seus pés estão feridos e sangrando devido o contato direto com as pedras durante os quilométricos dias da viajem. Com as costas encurvadas e o olhar cabisbaixo, reluta em desistir por estar com a consciência massacrada aos ecos de suas ingratas transgressões…

Quando você lê uma história, gosta de identificar-se com as personagens, o enredo ou algum episódio específico? Como você gosta de ser relacionado com a narrativa que lê? Quero convidar-lhe a ler uma história. Vamos descobrir o quanto esta parábola tem a ver comigo e com você. Leia, em sua Bíblia, o relato de Lucas 15:11-32.

Começa assim: Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres. Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente. Lucas 15:11-13.

O filho mais novo estava cansado das regras da casa paterna. Não entendia direito o amor e cuidado do pai, então resolveu seguir o parecer dos seus próprios desejos. Apesar de não reconhecer qualquer gratidão ou obrigação para com o pai, julgava-se no direito dos privilégios da herança. Fez esta cobrança do pai ainda em vida. Em seu ato de desconsideração, declarava que, para ele, o pai não passava de um morto. Pensava só na alegria presente, e não se preocupava com o futuro.

Após receber o patrimônio, o jovem saiu de casa para uma terra distante. Ele tinha muito dinheiro para gastar como bem entendia. Achava o máximo, ter alcançado o desejo de seu coração. Não havia mais proibições. Influenciado por “amigos”, foi se afundando no pecado e dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.

A fazenda que de forma egoísta pedira de seu pai, desperdiçou com prostitutas. Os tesouros de sua juventude foram esbanjados. Os preciosos anos de vida, a força do intelecto, as brilhantes visões da mocidade, as aspirações espirituais - tudo foi consumido no fogo do prazer(Parábolas de Jesus (Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, s/d), “A Reabilitação do Homem”).

A falência daquele rapaz coincidiu com a chegada de uma grande crise na região. Transformado em mendigo, chegou a ter desejo de comer a lavagem dos porcos do chiqueiro, que passou também a ser seu lugar. Esta situação humilhante era a pior figura de maldição, degradação e vileza que um judeu conhecia.

De “senhor da liberdade” a escravo, de rico a indigente, de próspero a desprezado, aquele homem era a figura mais expressiva do “vice-treco-do-sub-nada”. Física, social, mental e espiritualmente, um trapo humano.
Sem nome, recursos, esperança ou apoio algum, o rapaz possuía duas opções. A primeira seria conformar-se com sua eterna miséria. A segunda alternativa foi sua escolha: apesar de ter desrespeitado e sepultado seu pai e de ter pecado, e pecado, e pecado, e de ter ido até ao fundo do poço, ter a cara de pau de suplicar-lhe misericórdia. Que desgraça!

Caindo em si, ele pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer… (Lucas 15:17 e 18 - NTLH).
A experiência deste filho pródigo é um exemplo perfeito de nossa situação como pecadores e o que pode nos ocorrer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails