Anuciando Esperança Que em Breve Jesus Voltará

Seria errado voltar atrás?



Publicado em 06. abr, 2009 por Advir em Artigos


Joana despediu-se de seu filho, Manuel. Ele tinha resolvido deixar sua ilha nativa de São Miguel, nos Açores, e mudar-se para os EUA, em busca de uma nova vida. Mas prometeu que enviaria algum dinheiro assim que encontrasse trabalho.
Logo chegou a primeira carta. Joana não sabia ler, mas como se achava em tremenda necessidade, abriu a correspondência. Não havia dinheiro algum. Poderia pedir à vizinha que lesse a carta, mas tinha medo do que poderia pensar quando ouvisse que Manuel não estava cumprindo a promessa.
A vida estava difícil para a idosa senhora, com dinheiro insuficiente até para o alimento. Visitando-a, uma amiga perguntou-lhe: “Tem noticias de seu filho?” Chorando ela confessou que havia recebido várias cartas, mas que Manuel não enviara dinheiro.
“Quero ver as cartas”, pediu a amiga. A mãe de Manuel entregou as cartas. Então a amiga notou que em cada uma havia um aviso postal, que ao ser convertido em dinheiro, resolveria a situação financeira da idosa mãe, que vira os papéis, mas não reconhecera seu valor.
Milhões de pessoas deixam de receber o dom de Deus, a salvação, que é oferecido de graça. Por quê? O que é preciso para receber a salvação? Como cristãos, corremos o risco perder este presente que nos é oferecido.

Voltando Atrás…

Ivad era, além de diretor musical, o líder máximo de minha igreja. Ele trabalhava integralmente para a obra de Deus e era o responsável por todos os missionários. Como ungido do Senhor, todos os fiéis o tinham como indicado por Deus. Tinha um registro de trabalho impecável. Sua integridade conquistara a confiança e lealdade de todos.
Mas Ivad, em vez de confiar no poder de Jeová, começou a confiar em sua própria sabedoria e poder. Logo que Satanás procura romper a intimidade com Deus, única fonte de força e sabedoria, ele procura despertar os desejos impuros da natureza carnal do homem.
Certo dia Ivad dormiu até tarde. Ocioso, levantou-se e ficou, de seu terraço, contemplando algo que, pare ele, era muito belo: o lindo corpo de uma mulher em uma piscina, próximo dali. Ivad ficou alimentando os maus desejos de seu coração. Procurou informação sobre a mulher e descobriu o pior: era esposa de um amigo seu, o missionário Sairu. Mas Ivad não conseguia tirar Abes da mente. Procurou corteja-la, conseguiu o que queria e dormiram juntos. Sabia que cometera um grande pecado, mas e daí? Ninguém precisava saber!
O pecado não ficaria encoberto por muito tempo, porque daquele encontro Abes ficou grávida, e seu esposo estava, por muitos dias, viajando. Como Ivad era superior de Sairu, ele planejou um escape. Mudou a escala de seu subalterno de maneira que ele viesse dormir em casa. O problema estaria resolvido.
Sairu insistiu muito em ser mais fiel às necessidades do trabalho do que à regalia que seu chefe lhe oferecia e não foi dormir com a esposa. Ivad não sabia o que fazer e planejou o pior: a morte “acidental” de Sairu, de uma maneira que ninguém saísse culpado. Deu certo! Sairu morreu, Ivad casou com a viúva e dali por diante era só receber aplausos.
Mas, em seu coração, não tinha paz. Sabia que havia transgredido pelo menos oito mandamentos. Para piorar a situação, o capelão conselheiro da missão havia descoberto tudo e censurou o chefão duramente. Seu crime apareceu em toda a sua enormidade. Ivad cometera graves pecados traindo Abes, Sairu, sua igreja, mas principalmente a Deus.
Sentiu-se humilhado aos olhos de seus membros. Sua influência se enfraqueceu. Até ali sua prosperidade fora atribuída à sua conscienciosa obediência aos mandamentos. Entretanto agora… se seus irmãos tomassem conhecimentos dos seus pecados… Ivad entrou numa profunda depressão, sentindo-se “na fossa”, por não saber mais o que deveria realmente fazer. Todavia, graciosamente, o Espírito Santo usou as palavras do pastor Atan para convencer a Ivad do pecado, da justiça e do juízo (João 16: 7 e 8). Ele se sentia a pior das criaturas, mas sabia que
Deus não viera chamar justos, e sim pecadores, ao arrependimento (Lucas 5:32). Portanto, ele próprio precisava arrepender-se, para serem cancelados os seus pecados (Atos 3:19) e para ter paz (Isaías 30:15).

Essa Coisa de Arrependimento…

Na Bíblia, constatamos dois tipos básicos de arrependimento: um superficial e outro profundo. Paulo chama-os de tristeza segundo o mundo e tristeza segundo Deus (II Coríntios 7:10). O primeiro é uma simples tristeza pelo fracasso, tendo mais a ver com remorso, como fuga das conseqüências. O arrependimento profundo é o reconhecimento de que fizemos algo errado, prejudicando alguém, e a firme decisão de consertar o erro e não voltar a comete-lo (Marcos de Benectito, De Bem Com Jesus, Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2004, 30.).
A tristeza humana é o que sentimos por haver quebrado uma lei e sermos apanhados. A tristeza de origem divina é a que experimentamos por ter quebrantado um coração e ferido nosso melhor amigo. Morris Venden.
O remorso pode ser exemplificado na atitude de Judas que, após ter traído a Jesus, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso e horrorizado apenas com as conseqüências de seus atos, retirou-se e foi enforcar-se (Mateus 27:3-7). O arrependimento verdadeiro pode ser visto na postura de Pedro que, depois que negou a Cristo lembrou da palavra que Jesus lhe dissera e, saindo dali, chorou amargamente (Mateus 27:75). Continuou amando a Jesus (João 21) e, pela consagração, teve seu comportamento restaurado (Ver Atos 2).

O Processo

Penso que você conheça o desfecho da história de Ivad. Leia o seu nome (e dos demais personagens) de trás para frente. Isto mesmo! Esta história de Davi se encontra em II Samuel 11 e 12 e mostra tanto a qualidade destruidora da transgressão quanto a natureza restauradora do arrependimento. O rei reconheceu o seu pecado dizendo Pequei contra o SENHOR (II Samuel 12:13). Davi sabia que se confessarmos os nossos pecados, Deus é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de TODA injustiça (I João 1:9).
Mas até chegar a este ponto, de confessar, ele sofreu uma angustia muito grande. Ele descreve esta dor nos salmos 32, 38 e 51.
Por causa do teu amor, ó Deus, tem misericórdia de mim. Por causa da tua grande compaixão apaga os meus pecados. Purifica-me de todas as minhas maldades e lava-me do meu pecado. Pois eu conheço bem os meus erros, e o meu pecado está sempre diante de mim.
Contra ti eu pequei - somente contra ti - e fiz o que detestas. Tu tens razão quando me julgas e estás certo quando me condenas. De fato, tenho sido mau desde que nasci; tenho sido pecador desde o dia em que fui concebido.
O que tu queres é um coração sincero; enche o meu coração com a tua sabedoria.
Tira de mim o meu pecado, e ficarei limpo; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. Faze-me ouvir outra vez os sons de alegria e de felicidade; e, ainda que tenhas me esmagado e quebrado, eu serei feliz de novo.
Não olhes para os meus pecados e apaga todas as minhas maldades. Ó Deus, cria em mim um coração puro e dá-me uma vontade nova e firme! Salmo 51 NTLH

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